Uso Do Rejeito Da Mineração De Esmeraldas Da Província Esmeradífera Entre Itabira Nova Era – MG, Como Fornecedor De Nutrientes a Solos Agrícolas
Resumo
Foram conduzidos dois experimentos em laboratório com incubação do rejeito mineral formado redominantemente por esmeralda-biotita-mica anfibolio-quartzo xisto ao solo sem e com plantas. No primeiro, foi avaliado a liberação de Mg+2, Ca+2 e K+ trocáveis, variacao do pH, percentual da saturação de alumínio e por bases do solo. A metodologia usada foi incubar 0, 1, 2, 4, 8, 12, 16, 20, 40 ton./ha de rejeito por 60 dias. No segundo, foi avaliada a produção de matéria seca do Milho Híbrido para as doses utilizadas na forma de pó de rocha de 0, 5, 10, 20,40 ton./ha. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições no primeiro e cinco no segundo. A granulometria do rejeito foi padronizada em partículas <0,500 mm. A capacidade do rejeito mineral liberar Mg+2 e K+ para o solo variou conforme a dosagem. Com as doses testadas foram observadas alterações nos valores de Potássio atingindo 250 mg/dm3 na dose próximo a 20 ton./ha. Para o Magnésio os níveis alterados variaram com teores de 0,30 cmol/dm3 no solo testemunho, chegando a valores acima de 1,5 cmol/dm3 para dose próxima de 20 ton./ha. Para o Cálcio a alteração no solo nao se mostrou positiva. Para o período analisado nao houve alteração significativa no pH do solo. Em relação à saturação de alumínio houve redução do percentual de 60% para a dose de 40ton./ha. Na Saturação por Bases, houve acréscimos, sendo que a variação foi entre 7 e 34% para as doses 1 ton./ha e 40 ton./ha. Na produção de matéria seca do Milho Hibrido em relação à testemunha, o incremento dos valores alcançara aproximadamente 350 g/vaso com acréscimos de 78%. As características químicas do rejeito, aliado a baixa concentração dos Elementos Potencialmente Tóxicos (EPT), motivam estudos de técnicas, intervenções químicas ou bioquímicas para melhorar a liberação dos nutrientes minerais, podendo aumentar sua eficiência agronômica.